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    A Tradição Hindu

    27 novembro 2009

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    O Rig Veda, livro mais importante da antiga religião indiana, tem mais de mil hinos e dez mil estrofes, sendo maior que a Ilíada e a Odisséia de Homero juntas... Base da mitologia hindu, a obra apresenta um Universo dividido em duas partes: o “Sat”, o mundo que existe, onde vivem os homens e os deuses, e o “Asat”, o mundo do vazio, território do demônio.
    Segundo o livro, esta divisão foi fruto de uma luta heróica entre as forças do Bem e do Mal, na origem de tudo que existe. Antes da criação, havia uma grande rivalidade entre os seres espirituais, a saber: os deuses (devas) Aditya e os demônios (asuras) Raksa. Para resolver a questão, foi realizado um confronto direto entre os campeões destes dois mundos, o deva Indra, filho do Céu e da Terra, e o raksa Vritra, que possuía os materiais necessários para a criação do Universo.
    Indra então tomou o soma, a bebida sagrada dos hindus, foi armado com o Vayra (raio) por Tvastri, o ferreiro dos deuses, e recebeu a ajuda dos deuses do vento para derrotar o temível Vritra, que tinha a forma de uma serpente que vivia no alto de uma montanha inacessível... A luta foi longa e difícil, mas Indra conseguiu varar o ventre do raksa com o raio, e liberou toda a matéria do Universo: a água, o sol, o ar e a terra firme.
    Assim o Sat ficou definido, afastando para sempre o Asat dos seres infernais. Mas como a matéria usada era proveniente de um raksa, o Trimurti, a trindade divina do bramanismo posterior vai contemplar essa contradição: enquanto Brahma é o deus criador, metafísico, seus pares Vishnu e Shiva assumiram a posição de figuras amadas ou temidas. Principalmente Shiva (foto), o deus da destruição, cujos papéis se tornaram os mais terríveis de um deus verdadeiramente implacável e agressivo.
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