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    O Zurvanismo dos Persas

    17 dezembro 2009

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    Há quem diga que o masdeísmo, uma antiga religião persa (atual Irã) reformada pelo profeta Zaratustra (Zoroastro, para os gregos), foi a primeira das religiões monoteístas. Outros afirmam que o Zoroastrianismo, na verdade, era uma religião dualista, ou seja, pregava a existência de duas entidades superiores e opostas, uma representando o Bem e outra o Mal.
    Seja qual for a verdade, o fato é que o mito persa de Zurvan explica de maneira bastante contundente a origem do bem e do mal. Este seria um ser andrógino, cujo nome pode ser traduzido por “sorte” ou “fortuna”, que existia antes de tudo. Desejando ter um filho, Zurvan ofereceu sacrifícios por mil anos, sem sucesso, até que começou a desconfiar da utilidade desses rituais...
    Já descrente, Zurvan conseguiu enfim ter dois filhos: Ohrmazd, que ele consagrou aos seus sacrifícios, e Ahriman (foto), relacionado às suas dúvidas. Zurvan prometeu que o primeiro a nascer seria consagrado Rei, e Ohrmazd ofereceu esse privilégio para o irmão. Mas quando Ahriman se apressou em varar o ventre “materno”, Zurvan não o reconheceu, pois o filho era tenebroso e mal-cheiroso!
    Quando Ohrmazd veio à luz, Zurvan percebeu que este era luminoso e perfumado, como tinha previsto. Entretanto, o juramento obrigou-lhe a conceder a realeza a Ahriman, muito a contragosto, por nove mil anos, o que deixou o primogênito enfurecido. Os dois irmãos começaram então a criar, “e tudo o que Ohrmazd criava era bom e reto, enquanto o que Ahriman fazia era mal e tortuoso”. E assim começou a luta eterna entre o Bem e o Mal, irmãos gêmeos do acaso, filhos da fortuna.
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